quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

"Brasil um país de todos"

Thiago Kempin

Autorizações para estrangeiros trabalharem no Brasil crescem 30%

O balanço da Coordenação Geral de Imigração (CGig), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostra que 52.552 profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil em set/2011. Deste total, mais de 50.000 foram autorizações de caráter temporário, com estada no país de até dois anos. Em 2009, foram 42.914 autorizações de trabalho concedidas.

Fonte: MTE

Ainda conforme ele, no ano passado, o setor de óleo e gás (exploração de petróleo e gás na plataforma continental brasileira) foi o principal demandante de autorizações. O setor demandou a vinda do exterior de equipamentos sofisticados como os navios do tipo sonda, plataformas de perfuração, navios para aquisição de dados geofísicos, dentre outros. Ao ingressarem no país, estes navios e plataformas estrangeiros, com tripulação estrangeira, acabam por incorporar profissionais brasileiros as suas tripulações ao longo do tempo de sua permanência nas águas brasileiras.

Entre os profissionais estrangeiros autorizados a trabalhar temporariamente no país, 15.206 estavam relacionados ao trabalho a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira. Ainda entre as autorizações temporárias concedidas, 12.838 eram para marítimo estrangeiro empregado a bordo de embarcação de turismo estrangeiro que opere em águas brasileiras; 8.028 para assistência técnica por prazo de 90 dias, sem vínculo empregatício; 4.232 para assistência técnica, cooperação técnica e transferência de tecnologia, sem vínculo empregatício; e 3.521 para especialistas com vínculo empregatício.

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Houve também um grande aumento no número de autorizações para tripulantes estrangeiros que vem a bordo de embarcações de turismo de fora. Este setor teve forte crescimento no Brasil nos últimos anos e, por conta disso, crescimento exponencial no número de vistos concedidos – salto do patamar de algumas centenas para mais de 8.000 vistos/ano em 2008 e 2009, e para perto de 13.000 vistos em 2010. Também, neste caso, há um percentual obrigatório de brasileiros que essas embarcações devem ter a bordo. De todo modo, o setor industrial e da prestação de serviços são os que mais demandam a vinda de profissionais estrangeiros.

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O Brasil agora quer abrir as portas e facilitar mesmo a entrada de profissionais que ainda faltam no país de todas as áreas, mas principalmente de engenharia, que não teria como formar na mesma velocidade do desenvolvimento econômico. Foi o que avaliou o governo, que promete dentro de dois meses apresentar um projeto de uma nova política de imigração.

O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão Pires Junior, diz que a entrada de imigrantes é inevitável, mas não preocupante. “É o momento de nós sabermos aproveitar dessa vinda desse capital humano, com a sua riqueza cultural, com a sua potencialidade de contribuir efetivamente no nosso desenvolvimento e nas nossas atividades produtivas”, declarou.

No noticiários da TV ainda temos que ouvir declarações como a do professor espanhol Pedro Delgado Hernández: “Dificuldades com a língua acabam sendo um mero detalhe. Se o povo não entender, coloca a legenda”. É brincadeira ouvir esse tipo de declaração, o governo tinha que investir mais na capacitação de mão de obra nacional e parar de cortar gastos na educação por exemplo.

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