Autorizações para estrangeiros trabalharem no Brasil crescem 30%
O balanço da Coordenação Geral de Imigração (CGig), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostra que 52.552 profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil em set/2011. Deste total, mais de 50.000 foram autorizações de caráter temporário, com estada no país de até dois anos. Em 2009, foram 42.914 autorizações de trabalho concedidas.
Ainda conforme ele, no ano passado, o setor de óleo e gás (exploração de petróleo e gás na plataforma continental brasileira) foi o principal demandante de autorizações. O setor demandou a vinda do exterior de equipamentos sofisticados como os navios do tipo sonda, plataformas de perfuração, navios para aquisição de dados geofísicos, dentre outros. Ao ingressarem no país, estes navios e plataformas estrangeiros, com tripulação estrangeira, acabam por incorporar profissionais brasileiros as suas tripulações ao longo do tempo de sua permanência nas águas brasileiras.
Entre os profissionais estrangeiros autorizados a trabalhar temporariamente no país, 15.206 estavam relacionados ao trabalho a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira. Ainda entre as autorizações temporárias concedidas, 12.838 eram para marítimo estrangeiro empregado a bordo de embarcação de turismo estrangeiro que opere em águas brasileiras; 8.028 para assistência técnica por prazo de 90 dias, sem vínculo empregatício; 4.232 para assistência técnica, cooperação técnica e transferência de tecnologia, sem vínculo empregatício; e 3.521 para especialistas com vínculo empregatício.
Houve também um grande aumento no número de autorizações para tripulantes estrangeiros que vem a bordo de embarcações de turismo de fora. Este setor teve forte crescimento no Brasil nos últimos anos e, por conta disso, crescimento exponencial no número de vistos concedidos – salto do patamar de algumas centenas para mais de 8.000 vistos/ano em 2008 e 2009, e para perto de 13.000 vistos em 2010. Também, neste caso, há um percentual obrigatório de brasileiros que essas embarcações devem ter a bordo. De todo modo, o setor industrial e da prestação de serviços são os que mais demandam a vinda de profissionais estrangeiros.
O Brasil agora quer abrir as portas e facilitar mesmo a entrada de profissionais que ainda faltam no país de todas as áreas, mas principalmente de engenharia, que não teria como formar na mesma velocidade do desenvolvimento econômico. Foi o que avaliou o governo, que promete dentro de dois meses apresentar um projeto de uma nova política de imigração.
O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão Pires Junior, diz que a entrada de imigrantes é inevitável, mas não preocupante. “É o momento de nós sabermos aproveitar dessa vinda desse capital humano, com a sua riqueza cultural, com a sua potencialidade de contribuir efetivamente no nosso desenvolvimento e nas nossas atividades produtivas”, declarou.
No noticiários da TV ainda temos que ouvir declarações como a do professor espanhol Pedro Delgado Hernández: “Dificuldades com a língua acabam sendo um mero detalhe. Se o povo não entender, coloca a legenda”. É brincadeira ouvir esse tipo de declaração, o governo tinha que investir mais na capacitação de mão de obra nacional e parar de cortar gastos na educação por exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário