sábado, 28 de janeiro de 2012

Questão sobre domínius:



Devido à relativa escassez de chuvas, o domínio em que quase todas as espécies são decíduas e
apresentam folhas de tamanho reduzido, e os solos são pouco profundos em virtude do baixo nível de
decomposição química das rochas é o do (a):

a) Caatinga
b) Cerrado
c) Amazônia
d) Araucária
e) Pradaria


Bibliografia: MAGNOLI, Demétrio e ARAÚJO, Regina. Projeto de Ensino de Geografia. São Paulo:
Moderna, 2005. Pag 76 e 77.

Solução da questão (A)
Na Caatinga, “à relativa escassez de chuva é responsável pelo baixo nível de decomposição química das rochas, o que resulta em solos pouco profundos”, “Quase todas as espécies são decíduas e apresentam folhas de tamanho reduzido”.

Justificativas das alternativas que não respondem a questão
b) As chuvas não são escassas na região, os solos são profundos.
c) Não há escassez de chuva e a vegetação é perene. Os solos são profundos.
d) Não há uma estação seca nesse domínio.
e) A vegetação é rasteira e as chuvas não são escassas.

Baby Boom:


O período de maior crescimento vegetativo da população brasileira ocorreu:
a) entre os anos de 1940 e 1970, devido ao rápido declínio das taxas de mortalidade e manutenção, em patamares elevados, das taxas de natalidade.
b) entre 1972 e 1940, devido à entrada de milhares de imigrantes no país.
c) entre os anos de 1960 e 1990, devido às mudanças estruturais ocorridas na economia brasileira.
d) nos primeiros anos do século XX, em decorrência das medidas sanitárias implantadas em todo o
território nacional.
e) entre os anos de 1988 e 2008, em decorrência do planejamento familiar sugerido em nossa última
Constituição Federal.
Bibliografia: MAGNOLI, Demétrio e ARAÚJO, Regina. Projeto de Ensino de Geografia. São Paulo:
Moderna, 2005. Pag 230.
Solução da questão (A)
A escolha da alternativa “A” justifica-se, pois o amplo conjunto de medidas sanitárias tomadas nas
primeiras décadas do século XX provocou uma substancial queda das taxas de mortalidade. Infelizmente, não houve o referido acompanhamento por parte das taxas de natalidade, o que provocou o fenômeno conhecido por explosão demográfica, ou baby boom, sendo que a população brasileira passou de 41,2milhões, em 1940, para 93,1 milhões, em 1970, representando um crescimento de 130% em apenas 30 anos.
Justificativas das alternativas que não respondem a questão
b) não se justifica, pois, em primeiro lugar, o conceito de crescimento vegetativo refere-se à diferença
entre as taxas de natalidade e mortalidade. Nesse contexto, o fluxo de imigrantes seria considerado como uma outra modalidade ou forma de crescimento populacional. Em segundo lugar, no período
considerado, tanto as taxas de natalidade quanto as de mortalidade eram altas, o que fazia com que o
crescimento vegetativo fosse baixo.
c) não se justifica, pois o que se percebeu, a partir do final da década de 1960, foi uma generalizada queda das taxas de natalidade em decorrência da rápida alteração do comportamento reprodutivo de nossa população, o que, por sua vez, estaria relacionado com as transformações estruturais ocorridas na economia brasileira.
d) não se justifica, pois nos primeiros anos do século XX, apesar das reformas urbanas e da criação dos institutos de saúde, as taxas de mortalidade continuavam elevadas em decorrência da não aplicação das medidas sanitárias nas periferias urbanas e nos espaços rurais de nosso território.
e) não se justifica, pois o que se percebeu, nos últimos anos, foi uma substancial queda tanto das taxas de mortalidade quanto das taxas de natalidade, refletindo em baixas e decrescentes taxas de crescimento vegetativo. Ademais, a Constituição Federal de 1988 refere-se ao planejamento familiar como uma livre decisão do próprio casal, cabendo ao Estado o fornecimento dos meios necessários para o exercício desse direito.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

TOTALITARISMO, HITLER E STÁLIN





Bolívar Lamounier



Hoje, ao reler velhas anotações dos meus tempos de professor, lembrei-me com muito carinho de alguns estudantes de esquerda que torciam o nariz quando eu começava a explicar o conceito de “totalitarismo”, e bufavam de ódio quando eu incluía Stálin e outros menos votados entre os governantes mais notoriamente totalitários do século 20.

Foi recordando aquela época que tive a idéia de postar aqui os apontamentos abaixo.

——xxx—–

No pólo oposto ao das democracias liberais avançadas encontramos regimes totalitários como o da URSS e o nazi-fascismo. Ambos mantiveram uma aparência de legalidade – a Constituição alemã de 1919 aliás nunca foi abrogada – mas eram claramente incompatíveis com a idéia de uma ordem constitucional digna do nome.

Sendo o terror uma peça-chave em seu funcionamento, os regimes totalitários a rigor nem deveriam ser designados como tal, pois neles a questão não é a simples carência de um padrão previsível, é o zelo com que os aparatos de poder impedem a estabilização de uma ordem até por obra da “tradicionalização” ou da inércia social .

Em seu livro “Hitler – a Study in Tiranny”, pág. 403, Alan Bulock cita um texto publicado em 1936 pelo Dr. Hans Frank, um dos mais destacados juristas da Alemanha nazista: “Our Constitution – escreveu esse Frank – “is the will of the Führer”.

Ou seja, não havia Constituição alguma. Frank estava certíssimo. Não creio que alguém tenha dúvidas a esse respeito, mas vou rememorar alguns fatos, just in case.

No fim de março de 1933, um parlamento intimidado pela violência nazista passou a Enabling Law, que na prática suspendia a Constituição.

A 29-30 de junho de 1934, Hitler ordena a execução de Röhm e de todos os demais dirigentes da S.A, afastando dessa forma o único grupo capaz de desafiá-lo dentro do partido [págs. 302-6]; no dia 13 de julho, ele “explica” ao Reichstag por que ordenou o extermínio em vez de levar o grupo aos tribunais, e ameaça de forma não tão velada com a mesma sorte todo aquele que se antepusesse aos objetivos do novo Estado alemão (306-309].

No dia 02 de agosto, uma hora após a confirmação da morte do presidente von Hindenburg, é anunciada a fusão dos cargos de presidente da República e primeiro-ministro, doravante concentrados nas mãos do Führer – ou seja, dele, Hitler.

Agora vem a melhor parte. Prestem atenção.

No mesmo dia do mencionado anúncio, a oficialidade do Exército é convocada a jurar lealdade ao novo Comandante-em-Chefe.

The form of the oath was significant – escreve Bulock, p. 309; the Army was called on to swear allegiance not to the Constitution, or to the Fatherland, but to Hitler personally:

“I swear by God this holy oath : I will render unconditional obedience to the Führer of the German Reich and People, Adolp Hitler, the Supreme Commander of the Armed Forces, and will be ready, as a brave soldier, to stake my life at any time for this oath”.

Dezenas de medidas poderiam ser lembradas, mas a listinha acima deve ser suficiente para ilustrar meu argumento.

Àquela altura, na URSS, o regime stalinista já estava montado, mas Stalin, num surto de humor negro, mandou inserir o habeas corpus na Constituição soviética de 1936. E vejam só que coincidência mais macabra: foi a primeira vez na história que o habeas corpus apareceu na legislação russa: apareceu justo na ante-véspera dos famosos “julgamentos de Moscou”.

Publicidade

www.BannerSite.com.br Divulgar site grátis

publicidade

Publicidade




BannerClub - Troca de Banners Grátis  

Força de mudança

http://cmarinsdasilva.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/11/praca-tahrir03.jpg

Miriam Leitão

Há um ano, numa hora dessas, o mundo estava ainda de boca aberta com a Praça Tahrir. Cinquenta mil egípcios tinham atendido à convocação de protestar contra a ditadura de Hosni Mubarak. O espanto aumentaria nos 18 dias seguintes. O protesto chegou a reunir um milhão de pessoas e, nele, o país mostrou ao mundo a dimensão da sua persistência.

Mubarak foi deposto, preso, eleições foram convocadas e já há um parlamento eleito. No aniversário comemorado ontem os egípcios continuavam protestando. O que mais eles querem? Ora, o que pediram: democracia. O governo mudou um pouco para não mudar muita coisa. Mubarak sempre teve seu poder assentado sobre a força dos militares, que agora governam eles mesmos o país.

Leis de exceção continuam em vigor; os militares que não aceitaram a ordem de Mubarak de atirar na população permanecem presos, acusados de incitação à revolta e deserção; há muitas dúvidas sobre a possibilidade de haver uma eleição democrática para presidente. Pelo menos foi isso o que disse o prêmio Nobel Mohamad El-Baradei quando desistiu recentemente de disputar a presidência.

O mundo é que não é o mesmo depois daquele 25 de janeiro. O movimento que havia começado na Tunísia explodiu na Praça Tahrir e de lá contaminou uma série de outros países, derrubando governos e arrastando convicções.

A maioria dos analistas não tinha a menor ideia de que eventos dessa natureza poderiam mudar tão rapidamente o mapa político do Norte da África. Em um artigo na "Foreign Affairs", um desses especialistas no tema, F. Gregory Gause III, faz autocrítica. O título do artigo é bem sugestivo: "Por que os estudos de Oriente Médio perderam a Primavera Árabe. O mito da Estabilidade Autoritária". Nele, o cientista político admite que estava "totalmente errado" quando defendia que os Estados Unidos não deveriam incentivar a democracia no mundo árabe, porque as ditaduras eram aliados mais estáveis. Gregory Gause é há 20 anos professor de Oriente Médio em grandes universidades americanas.

Toda correção de rota foi feita depois dos eventos. Só então se descobriu que uma juventude mais educada que seus pais, mas desempregada, em redes de relacionamento de mídia social tem um alto poder de mobilização. Os especialistas haviam se dedicado a explicar a permanência dos ditadores, e subestimaram as forças da mudança.

Na Líbia, ninguém se surpreendeu com a ferocidade com que Muamar Kadhafi reagiu aos protestos, mas foi surpresa que seu porta-voz tenha sido o filho que foi mandado estudar em Londres, e que era supostamente a face suave do regime. Não há face suave em ditaduras sanguinárias. É a lição que Saif al Islam deu aos mais ingênuos. Hoje, o filho favorito está preso, e Kadhafi, morto.

A revolução que derrubou governos de três décadas, ou mais, na Tunísia, Iêmen, Egito e Líbia, continua inquieta. Novas mudanças virão. É um movimento em curso. A guerra civil permanece na Síria e há dúvidas em cada país sobre se a dinâmica dos acontecimentos levará a governos democráticos ou a novas formas de tiranias. O Egito sequer conseguiu se livrar completamente da velha tirania militar, ainda que seja difícil negar que o país já fez uma grande jornada.

A economia não tem ajudado. O Egito teve um crescimento do PIB de apenas 1%, para uma inflação de 11%, no ano passado, e que deve ficar, segundo previsão do FMI, no mesmo nível em 2012. O diretor de Oriente Médio do Fundo, Masood Ahmed, visitou o país recentemente atendendo a um pedido do governo para que apoiasse um plano de estabilização que incentive o crescimento econômico e a criação de empregos. A missão do FMI falou também com os grupos políticos diversos e com representantes da sociedade civil para ter uma visão dos vários lados da atual realidade política do país.

O Egito está fazendo uma transição histórica. A sociedade ganhou força. Mas construir democracia não é fácil, como nós bem sabemos. Aqui também temos trabalhado há 27 anos na longa tarefa de aperfeiçoar o regime democrático.

O Egito terá agora que lidar com suas diferenças. O movimento era por um governo civil e leigo. A eleição consagrou a Fraternidade Islâmica que, com o Partido Salafista, mais radical, conseguiu a maioria no novo parlamento. O Partido Salafista chegou defendendo a Sharia, o código religioso, que, se adotado, começa por tolher a liberdade das mulheres.

O que é fascinante na Praça Tahrir é tentar entender uma vez mais que mistério é esse que detona os processos de mudanças. Aquele protesto não era o primeiro a ser convocado. Pelo contrário, vários outros foram, com pouco sucesso. O dia foi escolhido porque era um feriado, o Dia da Polícia, quando os policiais estavam de folga. Tendo o protesto da Tunísia como inspiração - que 11 dias antes tinha derrubado Zine El Abidine Ben Ali - e a enorme insatisfação como motivo, os egípcios rumaram para a Praça Tahrir. E de lá não saíram nos 18 dias seguintes, mesmo quando a polícia de Mubarak chegou com seus cavalos. Eles voltaram ontem e querem mais mudanças.

Sustentabilidade

O que é impacto ambiental?

Na natureza existe uma harmonia nas relações entre os seres vivos e o meio ambiente. É chamado equilíbrio ecológico. Ao quebrar esta harmonia, provoca-se o impacto ambiental. Podemos dizer então que impacto ambiental é uma espécie de “choque” que rompe o equilíbrio ecológico.

Para entender as causas; consequências e localizações dos impactos ambientais é preciso recorrer a varias áreas do conhecimento. Entre elas: a Geografia, a História, e a Biologia são fundamentais.

Quando o homem rompe o equilíbrio ecológico:

Os impactos ambientais eram muito pequenos no inicio da história humana. O aumento populacional e o desenvolvimento tecnológico , no decorrer do tempo, intensificaram a dimensão destes impactos.

A indústria foi a atividade que mais acelerou este processo de destruição da natureza. Com a revolução industrial e o desenvolvimento tecnológico, o homem não é mais submisso ao meio natural. Desenvolveu técnicas para “vencer obstáculos naturais e explorar de maneira otimizada os recursos que o meio ambiente lhe oferece”.

Mas nenhuma agressão a natureza fica impune. Os inúmeros impactos ambientais ocorridos, ameaçamdo a sobrevivência do homem na Terra, como a dos demais seres vivos. Em toda parte, rios ficam inavegáveis, inúmeras espécies animais e vegetais estão extintas ou em vias de extinção!

O mundo Acorda para os problemas ambientais:

A ideia de um modelo de desenvolvimento que não agrida a natureza e priorize o ser humano foi resultado da tomada de consciência de parte da humanidade de que a agressão desenfreada à natureza poderia ter consequências catastróficas.

Essa consciência, porém, só veio na década de 1970, quando os países subdesenvolvidos realizavam seus processos de industrialização tardio e dependente. Só então as questões ecológicas e preocupação com fatos como a elevação da temperatura global; a poluição atmosférica; a poluição das águas e dos solos, despertaram a consciência mundial para os problemas ambientais.

Desde então a ONU realiza conferencias para debater questões como O Desenvolvimento Social e o Meio Ambiente e ao mesmo tempo tentar encontrar soluções para os principais impactos ambientais já causados.

Estocolmo – 72:

A primeira conferencia das nações Unidas sobre o homem e o meio ambiente foi realizada na cidade de Estocolmo, Suécia, em 1972.

Nesta reunião foram discutidas duas propostas diferentes sobre o tema Desenvolvimento X Meio Ambiente: a do desenvolvimento zero e a do desenvolvimento a qualquer preço.

Com posições antagônicas, Estocolmo – 72, chegou ao fim sem uma solução conciliatória. Entretanto a crise do petróleo, em 1973, mostraria que os recursos naturais são esgotáveis e o tema voltaria a ser discutido na década seguinte.

Desenvolvimento sustentável; nosso futuro comum:

No inicio da década de 1980, a ONU formou a Comissão Mundial sobre o meio ambiente e o desenvolvimento; encarregada de estudar o tema discutido na década passada.

Presidida pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, a comissão publicou em 1987, um estudo denominado Nosso Futuro Comum, Relatório Brundtland(como ficou conhecido).

Este documento propunha uma alternativa as duas propostas apresentadas na conferencia de Estocolmo: a do desenvolvimento sustentável, que busca combinar desenvolvimento e preservação do meio ambiente.

Segundo este relatório, desenvolvimento sustentável é “aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas”.

Ficou claro, nessa visão desta relação; homem-meio ambiente, não existe apenas um limite mínimo para o bem estar da sociedade; há também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais, para que eles sejam preservados!

ECO – 92:

Com base no Relatório Brundtland, a ONU convocou a Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, que se realizou em junho de 1992 no Rio de Janeiro e ficou conhecida como Cúpula da Terra ou ECO – 92.

Nesta foi redigida a Carta da Terra ou Declaração do Rio(agenda 21), que atribui aos países mais ricos maiores responsabilidades pela conservação do meio ambiente. Algumas metas foram estabelecidas!

RIO+10:

Dez anos depois representantes de quase todos os países se reuniram em Johannesburgo, África do Sul, para avaliar quais metas estabelecidas na Agenda 21 foram alcançadas. Foi a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como RIO+10, nesta foi evidenciado que as metas não foram levadas tão a sério como deveriam ter sido. Agora em

2012 ocorrerá o RIO+20, o qual irá ter o proposito de novamente avaliar o progresso quanto a Agenda 21. Contudo creio que não será muito diferente de dez anos atrás!

Considerações finais:

A História mostra que a sociedade sempre esteve a se desenvolver. Quando olhamos do século XVI até a contemporaneidade. Percebe-se que o homem vem se tornando cada vez mais dependente do desenvolvimento, dificilmente se mudará isto.

E fica evidente que 40 anos se passaram desde Estocolmo e ainda não achamos um meio termo entre desenvolvimento zero X desenvolvimento a qualquer preço.

Bibliográfia:

· Terra, Ligia, Guimarães, Raul borges e ARAÚJO, Regina. Conexões : estudos de Geografia do Brasil. 1º Ed. São Paulo 2010

· São Paulo. Moderna (Coleção Polêmica). 1990.

· MARINA, Lúcia, RIGOLIN, Tércio. Geografia geral e do Brasil: volume único, 1º impressão. Editora Ática, 2009.