22 fevereiro 2012
Artigo de Nicias Ribeiro, engenheiro eletrônico e político, publicado no jornal O Liberal, desta quarta-feira (22).
Para os estudiosos de hidrologia, o Tocantins, Xingu e Tapajós são os
rios trigêmeos do Brasil, tal a semelhança entre eles, inclusive no que
tange ao potencial hidrelétrico. E ao olharmos o mapa do Brasil,
veremos que esses rios e os seus maiores afluentes nascem no planalto
central, como é o caso do Tocantins e Araguaia, que nascem na região do
cerrado; bem como o Xingu e o Iriri, e do mesmo modo o Tapajós e o Teles
Pires, que nascem em Mato Grosso. E o fato de nascerem no planalto
central os leva a um mesmo regime hidrológico, até porque recebem em
suas nascentes as águas das chuvas que lá ocorrem a partir de outubro. E
essas águas viajam rio abaixo e, em dezembro, começam a chegar nas
regiões de Marabá no Tocantins, de Altamira, no Xingu, e de Itaituba, no
Tapajós. Tempo em que começam as chuvas do chamado inverno amazônico,
que se intensificam em razão do verão que provoca o degelo da
Cordilheira dos Andes, inundando a floresta e enchendo os rios e
igarapés, que são tributários do alto rio Solimões. E a partir daí, as
chuvas do inverno amazônico passam a comandar os acontecimentos, uma vez
que inundam todo o médio Tocantins, o médio Xingu e o médio Tapajós.
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