sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Liberal: O Drama



22 fevereiro 2012

Artigo de Nicias Ribeiro, engenheiro eletrônico e político, publicado no jornal O Liberal, desta quarta-feira (22).



Para os estudiosos de hidrologia, o Tocantins, Xingu e Tapajós são os rios trigêmeos do Brasil, tal a semelhança entre eles, inclusive no que tange ao potencial hidrelétrico. E ao olharmos o mapa do Brasil, veremos que esses rios e os seus maiores afluentes nascem no planalto central, como é o caso do Tocantins e Araguaia, que nascem na região do cerrado; bem como o Xingu e o Iriri, e do mesmo modo o Tapajós e o Teles Pires, que nascem em Mato Grosso. E o fato de nascerem no planalto central os leva a um mesmo regime hidrológico, até porque recebem em suas nascentes as águas das chuvas que lá ocorrem a partir de outubro. E essas águas viajam rio abaixo e, em dezembro, começam a chegar nas regiões de Marabá no Tocantins, de Altamira, no Xingu, e de Itaituba, no Tapajós. Tempo em que começam as chuvas do chamado inverno amazônico, que se intensificam em razão do verão que provoca o degelo da Cordilheira dos Andes, inundando a floresta e enchendo os rios e igarapés, que são tributários do alto rio Solimões. E a partir daí, as chuvas do inverno amazônico passam a comandar os acontecimentos, uma vez que inundam todo o médio Tocantins, o médio Xingu e o médio Tapajós.

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